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Dizem que para ser escritor é preciso publicar… E-book à vista!

Por: Cristina Vergnano

Não sei se é porque, antes da minha aposentadoria, eu vivia muito ocupada com aulas, pesquisa, orientações e extensão, mas, hoje, constato que eu estava à margem de um mundo gigantesco que existe ao nosso redor: o editorial. Pode ser que a pandemia e o consequente isolamento tenham potencializado o ímpeto literário, principalmente, pela escrita. Não tenho como comprová-lo, pois, como disse, me envolvia em outros assuntos. Ainda assim, saltam aos olhos os desdobramentos desse mercado do livro e da literatura: a oferta de cursos e oficinas de criação, oportunidades de publicar, blogs de e para escritores.

Criei o ToV em 2019, decidida a manter para mim um espaço de experimentação de minha escrita ficcional, com um foco especial nos recursos e características do texto virtual. Desde 2020, por conta desses novos interesses e da disponibilidade de tempo, fiz alguns cursos a distância e remotos: uma experiência enriquecedora. Às vezes leio ou escuto coisas que ainda me levam à reflexão. Uma delas é a vinculação quase obrigatória entre o ser escritor/autor e o ato de publicar.

Capa do e-book “Histórias para ler e morrer de medo – vol VI”, organizado por Ademir Pascale.

Parece óbvio, uma vez que quem escreve o faz, supomos, para ser lido. Há, porém, nos nossos tempos digitais, em plena sociedade da informação, formas diversas de compartilhar criações, para além da publicação exclusiva em livros. Este blog, por exemplo, é uma delas. Ainda podemos contar com as diversas redes sociais, algumas revistas e jornais eletrônicos (ou impressos) que aceitam colaborações, sem esquecer, no âmbito dos livros, o caminho da autopublicação.

Hoje, tenho uma boa notícia (ao menos para mim). Saiu a publicação de uma coletânea, Histórias para ler e morrer de medo – vol. VI, na qual se encontra meu primeiro conto publicado fora do Tecendo o verbo. Trata-se de “Dual”, um pequeno conto cujo mote foi um exercício de uma oficina de criação literária, na PUC-Rio, da qual participei no primeiro semestre de 2021.

Foto: Cristina Vergnano. Homem encapuzado, lendo o e-book.

Terror, na verdade, nunca foi a minha praia, devo admitir. Chego a me surpreender com o fato de esta acabar sendo minha primeira narrativa ficcional publicada em livro. Como se diz, no entanto, a ocasião faz o ladrão, ou, neste caso, a autora publicada.

A antologia faz parte de um projeto editorial da Revista Conexão Literatura e, tal qual o periódico, é totalmente eletrônica (disponível em e-book) e pode ser baixada gratuitamente pelos leitores, no site da revista.

Espero que tenham uma leitura agradável e arrepiante, dado o tema do livro. Aproveitem o Tecendo o verbo para deixar comentários e sugestões a respeito. Serão muito bem-vindos!

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