Digicrônicas

Porque somos parte de alguém

Por: Cristina Vergnano

Ninguém é ex-mãe. Ninguém jamais será ex-filha, ou ex-filho. Por mais conflituosa que seja a relação, teremos sempre um útero para chamar de nosso lugar de origem. Enquanto formos seres humanos e a humanidade existir (e se perpetuar) tal como é e foi, esta será uma verdade.

Não podemos, porém, nos limitar ao meramente biológico. Assim, ademais daquela que nos gerou, temos uma mãe planetária, a Terra, que nos contém. Foi-nos dada uma mãe espiritual, Maria, que nos adotou. Conhecemos muitas mães do coração (avós, tias, madrinhas, professoras, enfermeiras e, inclusive, pais) que nos recebem para si e cuidam de nós. Em comum, todas (e todos) são quem nos sustenta, nos incentiva, nos acompanha, nos orienta, nos ensina, nos repreende, nos inspira, nos aconchega, nos cura, nos abraça e envolve com seu carinho.

Dia das Mães, portanto, é uma data a ser comemorada, não como um evento anual, bom para agitar o comércio, mas como um cotidiano de envolvimento e construção. Aliás, deveria ser, de fato, todo e qualquer dia…

A maternidade constitui uma conexão eterna, complexa, cheia de contradições, falhas e conquistas. É uma relação a dois que nem a morte ou a ausência podem romper. Transcende a carne, o sangue, o DNA. É concretização de amor, seja lá em qual configuração se manifeste.

Não fui mãe biológica, mas fui professora, sou madrinha e sou filha (embora minha mãe já viva outra vida, no Céu). Então, acredito, tenho muito a comemorar, a agradecer e, mais ainda, a parabenizar. É bom saber-se parte de alguém.

Feliz Dia (todos e cada um deles) das Mães!

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